sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Dor Oncológica: os cuidados de enfermagem


CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Ao cuidar de um paciente com dor é importante considerar dois tópicos que são relevantes para o exame, a intervenção e a avaliação. Primeiro: é o enfermeiro deve acreditar quando o paciente diz estar com dor. Não existem escalas exatas que mensure a dor, portanto, a avaliação é obtida através de dados sobre causas físicas, mentais ou emocionais da dor. Segundo: é a observação da variedade de comportamentos não verbais que indicam a presença da dor.Aspectos avaliados: a avaliação da enfermagem é feita através dos seguintes aspectos :a) Determinação da dor: Aguda ou Crônica;b) Atitudes do paciente;c) Identificação de fatores que influenciam a dor e a resposta do paciente a ela.
Esta avaliação proporciona ao enfermeiro a realização de um planejamento de enfermagem, voltado para a melhoria dos sintomas aqui estudado.
Avaliações e Intervenções de Enfermagem:
Avaliar o tipo de dor do paciente: localização, duração, qualidade e influência nas atividades do cotidiano;
Usar uma escala de intensidade da dor que vai de 0 (ausência de dor) a 10 (pior dor possível). Obter uma investigação cuidadosa dos medicamentos já utilizados e atuais, a resposta e os efeitos colaterais destes;
Explorar intervenções para a dor que tenham sido usadas e sua eficácia. Correlacionar a dor e sua intensidade ao analgésico prescrito;
Os analgésicos poderão ir diminuindo a partir do momento que se associa ao tratamento, a quimioterapia e radioterapia;
Intervir a fim de minimizar os riscos de ocorrência, gravidade e complicações da dor;
Usar medidas alternativas para alívio, como: construção de imagem, relaxamento e biofeedback;
Incentivar medidas que promovam o relaxamento: massagem superficial, compressiva ou vibratória;
Transmitir a sensação de que a dor do paciente é compreendida e que pode ser controlada;
Promover o conforto físico através de camas, protetores de colchões, aparelhos de apoio e demais equipamentos necessários;
Procurar ajudar paciente, familiares e equipe médica em relação à necessidade de apoio para controlar a doença;
Buscar ajuda de religiosos (quando o paciente professar uma determinada religião e for receptivo);
Controlar estímulos ambientais que possam prejudicar o paciente, tais como: barulho, calor, luz etc., evitando bater portas ao entrar ou sair do quarto ou enfermaria e controlando o volume da própria voz ao falar com o paciente;
Incentivar ajuda de um especialista, nos casos de dor intratável;
Ajudar o paciente a imaginar que está se livrando da dor, sempre que expira lentamente;
Esclarecer o paciente sobre as medidas tomadas a fim de reduzir e eliminar sua dor;
Estimular medidas relacionadas à terapia ocupacional, leituras, televisão, música e, se possível, trabalho com argila, aquarela, crochê, tricô;
Comprometer-se com o paciente a não abandoná-lo, caso a dor persista, continuando a buscar alternativas para controlá-la;
Usar técnicas que ajudem no relaxamento, evitando fadiga, promovendo a descontração do músculo esquelético, que reduz a intensidade da dor ou aumenta a tolerância à ela;
Sempre que possível, usar a via oral para administração dos medicamentos, evitando a via IM;
Administrar analgésicos previamente, antes do ressurgimento dos sintomas da dor, a fim de evitar dor severa;
Solicitar ajuda de outros profissionais da saúde, caso apareça dor em outras regiões do corpo, ou mesmo o aumento desta;
Orientar quanto aos métodos de administração dos medicamentos, determinados pelo pico de ação e duração do medicamento no organismo, conforme necessidade do paciente e a prescrição médica;
Observar e orientar o paciente a respeito dos efeitos colaterais dos medicamentos de controle da dor, tais como, constipação, náuseas e tolerância aos remédios; a fim de preveni-los e minimizá-los;
Sugerir combinações de medicamentos narcóticos e não-narcóticos;
Entrar em contato com profissionais de saúde que fazem uso de métodos não farmacológicos no alívio da dor;
Qualquer alteração de resposta ao esquema de controle da dor - tal como nível de consciência, depressão respiratória (menor que oito inspirações/minuto), constipação, vômitos incontroláveis e retenção urinária - deve ser imediatamente comunicada ao médico assistente;
Medicações analgésicas devem ser administradas em horários padronizados e não apenas em momentos de crise;
Procurar proporcionar ao paciente uma melhor qualidade de vida, fornecendo condições de um sono tranqüilo, aliviando sua dor, controlando o emocional e o fluxo de visitas;
Manter o paciente em posição confortável, mudar decúbito sempre que necessário, dar banhos de aspersão ou leito, trocas diárias de curativo, cuidados com higiene oral e monitorização de sinais vitais;
Observar sentimentos de tristeza, irritabilidade, medo, ansiedade e solidão, buscando subsídios para compreender o estado emocional do paciente e possibilitar-lhe apoio;
O trabalho de assistência ao paciente com câncer envolve uma equipe multidisciplinar composta por assistente social, psicólogo, nutricionistas, médicos e enfermeiros empenhados em acompanhar, orientar, instruir, medicar e alimentar o paciente e oferecendo suporte para aumentar a sua sobrevida com qualidade

Câncer de Pele


As manchas/ discromias, são responsáveis por grande parte das queixas de pessoas que buscam auxílio do profissional esteticista. Tecnicamente, denominamos discromias aos distúrbios de coloração observados na pele ou pêlos. Eles podem ser caracterizados como hipercromias (quando há aumento da coloração) ou hipocromia (quando há despigmentação, com formação de manchas brancas). As desagradáveis manchas podem ser de origem genética, metabólica, nutricional, endócrina, inflamatória, infecciosa, neoplásica.Tendo em vista este aspecto nos deparamos com a multiplicidade de fatores que podem desencadear as manchas e a variação dos graus de comprometimento dessas pintas atingindo desde a auto-estima até a integridade física e a saúde do indivíduo.Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA) o câncer de pele é um dos tipos mais comuns de neoplasias, correspondendo a 25% dos tumores malignos registrados no Brasil. As pessoas mais acometidas são aquelas de pele clara, com idade superior a 40 anos, com doenças cutâneas prévias.Apesar de não estar autorizado a fazer diagnósticos sobre alterações dermatológicas, o esteticista deve ter um olhar atento e suspeitar de nevos que exibam características de malignidade aconselhando a consulta com um dermatologista.

Insulina pode ajudar no tratamento de Alzheimer


O estudo, publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences afirma que a insulina pode ajudar a proteger células do cérebro que são importantes para a função da memória.
A relação entre a insulina e problemas no cérebro é analisada desde que médicos encontraram provas da atividade do hormônio no órgão.
A pesquisa brasileira e americana analisou os efeitos da insulina em proteínas chamadas ADDLs, que se acumulam em pacientes que sofrem de Alzheimer e causam danos nas células.
Os cientistas pegaram neurônios do hipocampo, uma parte do cérebro com papel-chave na formação de memórias.
Estes neurônios foram tratados com um medicamento chamado rosiglitazona, que é administrado em pessoas que sofrem de diabetes tipo 2 para aumentar o efeito do hormônio nas células.
Depois desta aplicação, as células ficaram bem menos suscetíveis a danos quando expostas à proteína ADDLs, o que sugere que a insulina conseguiu bloquear a ação da proteína.

Gene do autismo


Estudos que envolveram cientistas de 30 instituições de pesquisa nos Estados Unidos acabam de dar uma importante contribuição ao conhecimento sobre o autismo, desordem que afeta a capacidade de comunicação e de estabelecer relacionamentos, ao identificar fatores genéticos que afetam o risco de manifestação do problema.
Segundo as pesquisas, tais variantes genéticas são comuns em pessoas com autismo. Essa é a primeira vez em que se identificou uma relação direta entre o código genético humano e a desordem.
O principal estudo, que envolveu mais de 10 mil pessoas, incluindo portadores da desordem, familiares e outros voluntários, em diversos estados do país, foi coordenado por Hakon Hakonarson, professor da Universidade da Pensilvânia e diretor do Centro de Genômica Aplicada do Hospital Infantil da Filadélfia.
Os resultados estão em artigo publicado nesta terça-feira (28/4) no site da revista Nature e destacam a importância de genes que estão envolvidos na formação e manutenção de conexões entre células cerebrais.
O estudo se baseou em polimorfismos de nucleotídeos únicos, responsáveis pela maior parte das variações genômicas na sequência do DNA. Entre as variantes genéticas identificadas, está uma que se mostrou altamente comum em crianças autistas.
Em seguida, ao analisar a atividade do gene – chamado de CDH10 – no cérebro em fetos, descobriram que ele tinha maior atividade justamente nas regiões ligadas à linguagem e aos relacionamentos sociais.
O trabalho indica que o CDH10 tem papel fundamental no desenvolvimento cerebral e pode contribuir para o risco de autismo. “Enquanto essa variante genética é comum na população em geral, descobrimos que ela ocorre cerca de 20% mais frequentemente em crianças com autismo. Uma mudança importante como essa no código genético é muito mais do que uma simples mutação. Trata-se de um fator de risco para a origem da doença”, disse Daniel Geschwind, diretor do Centro para Tratamento e Pesquisa em Autismo da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), um dos autores da pesquisa principal.
O grupo da UCLA analisou o DNA de 3,1 mil crianças com autismo em 780 famílias – cada família tinha pelo menos duas crianças com o problema. O processo relacionou a desordem com uma região específica do cromossomo 5.
Uma nova análise, dessa vez com 1,2 mil portadores e 6,5 mil pessoas no grupo controle, foi feita pela equipe de Hakonarson. Os pesquisadores avaliaram a relação entre mais de meio milhão de variantes genéticas com o autismo e identificaram seis alterações que ocorriam mais frequentemente em crianças autistas do que nos indivíduos saudáveis. As variações estavam no cromossomo 5 entre os genes CDH9 e CDH10.

Raízes da esquizofrenia


Esquizofrenia e transtorno bipolar têm raízes genéticas semelhantes. A afirmação está em um estudo publicado na edição desta quinta-feira (2/7) da revista Nature, que traz outros dois artigos com resultados de pesquisas diferentes sobre a esquizofrenia.
As três pesquisas apresentam diversas novidades a respeito da variação genética e do risco de desenvolver o conjunto de psicoses que tem sintomas como delírios persecutórios e alucinações, especialmente auditivas, e que atinge cerca de 1% da população.
Reunidos, os estudos, que cobriram análises de mais de 10 mil casos de esquizofrenia, descobriram uma extensa gama de variações genéticas que respondem por pelo menos um terço do risco de desenvolvimento da doença.
Os pesquisadores do Consórcio Internacional de Esquizofrenia – fundado em 2006 e que reúne cientistas de 11 instituições na Europa e nos Estados Unidos – mostraram que variantes genéticas comuns estão por trás do risco de desenvolvimento da doença, na primeira evidência molecular de tal relação.
O estudo também apresenta evidência molecular de um componente poligênico para o risco da doença que envolve milhares de alelos comuns. Esses alelos, cada um com um pequeno efeito, também contribuem para o risco de desenvolvimento de transtorno bipolar.
“Os resultados recomendam um novo olhar em nossas categorias de diagnóstico. Se alguns dos mesmos riscos genéticos envolvem tanto a esquizofrenia como o transtorno bipolar, talvez esses distúrbios tenham origem em alguma vulnerabilidade comum no desenvolvimento cerebral”, disse Thomas Insel, diretor do Instituto Nacional de Saúde Mental (NIHM, na sigla em inglês), um dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos.
Os três estudos apontam para uma mesma área, no cromossomo 6, conhecida por abrigar genes envolvidos em imunidade e por controlar como e quando os genes são ligados ou desligados. Essa identificação de um local pode ajudar a explicar como fatores ambientais afetam o risco de desenvolvimento da esquizofrenia. Há, por exemplo, evidências de que grávidas com gripe têm maior risco.

MAPA DE DOWN



Um grupo internacional formado por dezenas de cientistas conseguiu identificar várias regiões importantes do cromossomo 21 que podem causar sintomas da síndrome de Down.
Característica que afeta em média uma a cada 800 crianças, a síndrome de Down resulta de uma duplicação genética de partes ou de todo o cromossomo 21. Trata-se de uma alteração que causa uma série de sintomas clínicos, entre os quais deficiências em capacidades cognitivas e no desenvolvimento físico, problemas congênitos no coração e leucemia.
Ao estudar portadores de mutações raras no cromossomo 21, Julie Korenberg, das universidades da Utah e da Califórnia em Los Angeles, nos Estados Unidos, e colegas montaram um mapa de alta resolução que identifica regiões genéticas que os autores estimam ser responsáveis por causar sintomas da síndrome.
Os resultados do estudo serão publicados esta semana no site e em breve na edição impressa da revista Proceedings of the National Academy of Sciences. No artigo, os pesquisadores descrevem a descoberta de oito regiões genéticas envolvidas em sintomas clínicos, quatro das quais são malformações congênitas.
O mapa genético também demonstra que muitas das regiões do cromossomo 21 que se acreditavam criticamente envolvidas nos sintomas da síndrome de Down são provavelmente desnecessárias para o desenvolvimento desses sintomas.
Segundo os autores, o resultado do estudo poderá contribuir para um melhor entendimento das causas genéticas e também no desenvolvimento de novas terapias para ajudar os portadores da síndrome.

DISLEXIA: UMA PERSPECTIVA PSICODINÂMICA


Vários estudos referem uma associação entre a dislexia e as alterações psiquiátricas, no entanto não foi ainda avançada uma teoria que explique estes resultados. Com base na literatura, parece demais evidente que a dislexia se deva a alterações fonológicas, pelo que não parece verosímil que tais alterações sejam a causa da dislexia. Resta assim a hipótese destas alterações se deverem à dislexia ou de ambas as manifestações partilharem uma causa comum. Após uma revisão de literatura, o presente artigo tenta avançar uma hipótese conceptual que fundamentada numa perspectiva psicodinâmica, explique a co-ocorrência de dislexia, depressão, conduta anti-social e manifestações psicossomáticas.